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domingo, novembro 20, 2011

“Saúde para quem pode”

Para o advogado criminalista, Marcos Espínola, existe uma contradição entre o fato de o Brasil se destacar como referência mundial em saúde e ao mesmo tempo protagonizar descaso com o ser humano

por *Marcos Espínola


Enquanto despontamos como referência mundial no setor da saúde em temas como tratamento da Aids, cirurgia plástica, entre outros, num outro extremo somos, diariamente protagonistas do descaso com o ser humano. Pessoas que sofrem na pele a indiferença no atendimento de inúmeros hospitais públicos do país.
No Rio de Janeiro, por exemplo, o problema é crônico. Há falta de leitos, CTIs, entre tantas outras carências. Hospitais sem médicos, UPAS sem atendimento, algumas sem pediatra, unidades sem macas etc. Uma calamidade generalizada, essencialmente nas emergências e ambulatórios.
Constantemente nos deparamos com casos de autoridades que recorrem à rede privada para tratamentos de saúde. Para muitos, um direito adquirido, mas para a grande massa, uma contradição, afinal, de certa forma, milhões de brasileiros que lutam diariamente contra diversas doenças não têm esse privilégio.
Devemos respeitar o sofrimento e a luta pelo direito à vida, pois em caso de enfermidade qualquer cidadão busca os melhores recursos, bom atendimento, rapidez e qualidade. Na rede pública, por mais que se tenham médicos competentes, as condições de trabalho e a grande demanda não permitem tal agilidade, por isso muitos ainda morrem na fila de atendimento. É preciso que a saúde pública seja eficiente e democrática, onde todos possam ter direito ao atendimento digno.

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