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quarta-feira, outubro 12, 2011

Como o NHS (Sist. Saúde Britânico) reduziu as mortes cardiovasculares pela 1/2 e por quê seu futuro esta ameaçado?

"O Sistema de Saúde Britânico é uma referência em qualidade do sistema público de saúde. Contudo, recentes reformas no Sistema, com o intuito de aumentar a competição entre os prestadores podem colocar em risco importantes conquistas do NHS. Uma das conquistas mais importantes é a melhora dos indicadores relacionados a doencas cardiovasculares, sendo que a taxa de morte por doenças cardiovasculares caiu pela metade e o tempo de espera para o tratamento foi muito reduzido. Cerca de 60 mil vidas são salvas por ano, sendo metade deste número decorrente de mudanças no tratamento e a outra metade decorrente de mudanças no estilo de vida.
É questionável se maior competição no sistema, melhorará os indicadores de qualidade conquistados, sendo que este trabalho foi fruto de colaboração e trabalho conjunto entre diferentes agentes do setor, um trabalho que demorou anos para ser construído e que está em risco com as mudanças propostas".
  
Por Fernando Cembranelli

terça-feira, outubro 11, 2011

Jorge Gerdau propõe à Ministério da Saúde sistema de avaliação do serviço público!

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde está finalizando um sistema de avaliação do serviço público de saúde, que terá índices de medição de eficiência e satisfação da população. O tema foi tratado nesta manhã em reunião da Câmara de Política de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República.

O coordenador do grupo de trabalho, Jorge Gerdau, estima que o método de avaliação esteja implantado em 20% da rede pública até o fim do ano. “Estão sendo estabelecidos, num debate técnico, quais são os medidores, como um índice de satisfação das pessoas atendidas, por exemplo, e se haverá medição sobre o atendimento dos médicos, dos tratamentos”, explicou o presidente da Câmara de Gestão. “Com toda essa lista de indicadores, vai haver possibilidade de transparência absoluta de cada posto, de cada atendimento”, disse.
Devido à implantação do sistema, o ministério está reformulando os contratos com as secretarias municipais e estaduais de Saúde. Os postos de saúde e hospitais mais bem avaliados receberão mais recursos, como um “prêmio” pelo desempenho.

“Quem atingir as metas, vai poder receber aumentos de recursos transferidos. E conforme os índices vão crescendo, haverá aumentos gradativos maiores de recursos”, afirmou Gerdau. “Construir contratos inteligentes é uma peça-chave para que haja melhoria de funcionamento”, disse.

Fonte: Valor Econômico, Yvna Sousa, 07/10/2011

sábado, outubro 08, 2011

Home Care a nova obsessão da presidente Dilma

Por: Kyara Gonçalves

A presidente Dilma Rousseff disse está “obcecada” por seu novo projeto para saúde, o Home Care, em entrevista a revista Carta Capital. O termo refere-se ao tratamento hospitalar realizado na própria casa do paciente.
A idéia, defendida pela presidente, surge como uma saída para descongestionar o tratamento final nos hospitais e obter a liberação dos leitos.
Apesar de apresentar algumas diferenças, a proposta é modesta quanto a ser inovadora. Desde 1970 que o procedimento de cuidado domiciliar já vem sendo realizado pelo estado de São Paulo.
Aqui mesmo no Ceará, segundo o deputado estadual Leonardo Pinheiro (PR), o Programa Saúde da Família (PSF) já trabalha um conceito muito similar ao Home Care de Dilma.
O que se questiona a nível estadual é a necessidade de se investir na criação de um novo programa em detrimento de se investir no fortalecimento e na melhoria do PSF já existente. De acordo com Pinheiro, durante pronunciamento na Assembléia Legislativa, cada equipe hospitalar representará um investimento de 42 mil reais para o governo.
Um paciente que requer uma internação simples, como uma fratura, onde o paciente teria que ficar de dois a três meses no leito, poderia receber cuidados na própria casa, desde que seja disponibilizado pelo programa equipamentos hospitalares, assistência de enfermagem e medicamentos adequados.
Há necessidade de verificar se o recurso será otimizado principalmente no norte e nordeste, onde são poucos os leitos disponíveis e onde se observa a dificuldade geográfica de se transportar equipamentos para as residências.
Dilma afirmou que o projeto de levar recursos hospitalares para toda a extensão territorial, 195 milhões de pessoas, já está 90% encaminhado para ser implantado.
Para o especialista em clinica medica e planejamento estratégico de ações do governo, David Braga Jr, é mais barato custear o apoio a casa, do que manter o paciente na instituição.